decidi ficar pela minha mãe

 eu sempre tentei sair de campo grande, tomar outros caminhos que não fossem aqueles que meus pais seguiram, ou me indicavam, principalmente porque eu queria seguir em frente sozinha, com os meus próprios pés. queria poder encontrar os problemas comigo mesma e poder entender eles, provar para os outros que eu sou capaz de fazer alguma coisa, o problema é que tem sido difícil deixar minha mãe.

é óbvio que a minha mãe tem capacidade suficiente para viver sozinha, é uma adulta funcional por completo e tem inteligência o suficiente para construir um império, mas depois dos dias que se passaram e das brigas que ela causou comigo, eu tenho certeza que não posso deixar ela sozinha de forma alguma, nem em sonho. sei que tudo que acontecer de errado vai cair nos ombros dela e ninguém vai estar aqui para amparar ela, meu pai não é homem o suficiente para tomar atitude na hora de defender minha mãe, por mais que ele brigue constantemente com a mãe dele, não é capaz de se opor na hora que a própria esposa se encontra com problemas diretamente relacionados a mãe dele.

eu nunca vou deixar ela sozinha por mais que eu queira seguir em frente, fugir dessa cidade esquisita. eu não vou soltar a mão dela por motivo nenhum, não importa o quão ruim seja a ofensa dela contra mim nos momentos de raiva, vou sempre perdoar ela pelos erros dela, sei que é a primeira vida dela, não posso ignorar isso. eu amo ela e não quero que ela sofra.  

vinte perguntas com vinte respostas

 espero que se um dia a gabriela ver meu blog não entenda errado tantas vezes que eu encontrei algo interessante nas postagens dela e inclui aqui. o lugar onde ela achou essas perguntas não existe mais para que eu possa colocar o link, nem mesmo o tumblr original. só nos sobrou as perguntas, respondidas.

você desce pelo lado esquerdo da cama? sim, e durmo do lado esquerdo.  

há coisas coladas em sua parede? sim, alguns postêrs e adesivos, em breve colocarei uma bandeira do andre matos na parede onde minha cama está apoiada.

chinelos convencionais te incomodam? nunca, gostaria de só usar eles pela vida inteira.

qual seu dedo favorito? o do meio, gosto de mostrar ele e é onde fica meu anel de ramos. 

quando você era criança, seu cabelo era um jeito que não é mais agora? sim, meu cabelo costumava ser na altura do ombro e mais ondulado, no tom natural dele, agora acho que está crescendo cada vez mais e ficando roxo com o tempo (graças ao tanto de tintura ele tem deixado de ter curvas).

o que fez com as figurinhas que guardou para depois? colei elas no meu fichário (o qual não sei onde coloquei, tenho de procurar).

qual foi sua pior experiência com vôlei? nunca joguei, mas conheci um cara que adorava e era jogador, ele era (e ainda é) o pior ser humano que existiu, eu espero que ele pague por tudo que fez.

se você pudesse se vestir com todas as cores do mundo, com qual não se vestiria? provavelmente branco, não combina com meu tom de pele e muito menos com qualquer outra coisa minha, mas se fosse algo listrado com branco, talvez. 

por que você não gosta de sorvete de chocolate? eles nunca conseguem fazer um sabor de verdade, é sempre tão artificial e com gosto de asfalto torrado.

que plavra te define? temor.

com quantos anos você aprendeu a andar de bicicleta sem rodinha? sinto que nunca aprendi, até hoje não consigo me equilibrar em duas rodas. 

seu cajado de pegar manga era feito com garrafa pet ou lata de nescau? nunca vi um pé de manga alto o suficiente que precisasse de cajado, mas o pé de jaca na chacára do meu tio-avô usam cajado com ferro na ponta, aparentemente.

qual a sua pizzaria favorita? provavelmente a tasto, gosto de pizza que chegue próxima da original de napoles, com fermentação natural e molho pomodoro, pouco queijo e macia... uma pena ser tão caro, são as melhores!

quantas camisas estampadas você tem? todas são, exceto minhas regatinhas coladas. isso deve somar umas dez ou doze camisas, tenho outras duas regatas que são estampadas (eu tinha mais uma, mas aparentemente sumiu).

qual o desenho bordado nas suas toalhinhas de criança? morangos, gatos e flores, sempre rosa ou lilás.

já viu donnie darko? sim, acho que duas vezes. 

quantos hidratantes você tem na sua coleção? talvez cinco, estou tentando acabar com eles o mais cedo possível, quero ter só um.

seu sotaque condiz com o sotaque da sua região? nem um pouco, não sei de onde eu puxei algum do sotaque sulista e nem mesmo porque eu falo tal qual uma paulista se eu moro no mato grosso do sul.

você gostaria de ser chamada pelo seu nome ao contrário? honestamente, acho que isso seria impossível, quem iria conseguir falar ecirtaeb (digitando agora, parece divertido). 

qual a sua meia mais diferentona? só tenho meias estranhas, não sei dizer se é do bob esponja, ou talvez do esqueleto... 

é engraçado como tudo muda

 eu não sei quando as coisas mudaram, nem o motivo disso ter acontecido com o tempo. as pessoas parecem se adequar ao momento constantemente, ninguém é temporal de fato. poucas pessoas ainda mantém a essência de uma era que se foi, ainda mais quando nos lembramos que tudo o que existiu desaparece, gradativamente as coisas deixam de existir e é quase impossível manter algo para sempre, eu gostaria de manter minha personalidade de quando eu tinha 14 anos até o fim da vida, mas ao mesmo tempo eu gosto de ter amadurecido. o problema é que eu não me sinto mais como eu costumava, estou me encaixando em padrões de beleza por toda uma pressão estética e eu lembro de 2019 estar completamente fora dele, mas ainda assim me amava como nunca antes. alguma coisa me afetou nesse tempo e machucou minha alma pela eternidade. 

estou lendo o blog de uma garota que em 2017 escrevia diariamente e até os dias de hoje tem alguma coisa nova por ali, eu tenho essa necessidade de voltar ao passado, consumir o anterior e tentar buscar ele no atual, essa garota (a gabriela) parece ter mantido a mesma essência, isso me encanta tanto! estou constantemente trabalhando para conseguir encontrar um meio termo onde eu possa trazer de volta essa essência do passado, as memórias de uma era em que se estar online era uma situação social ocasional e não constante como os dias atuais. estar online o tempo inteiro é complicado! eu odeio ser importunada ao longo do dia e gostaria que só me contatassem em horários especificos como costumava ser no msn.

é engraçado, o tempo passa e a coisas mudam. eu gostaria que continuassem da mesma maneira, não tenho tanto interesse no moderno, apenas um vício desordenado em dopamina e coisas acotecendo o tempo inteiro, preciso de barulhos, cores e movimentos para funcionar, a escuridão do meu sarcófago não me assegura mais. 

o mesmo de sempre

 tenho sonhado o mesmo, constantemente. nunca muda, sempre que fecho os olhos eu me deparo com as mesmas coisas da noite anterior, tenho que enfrentar o meu corpo se afundando na cama em depressão completa com dificuldades intensas de respirar, parece que estou envolta na depressão sem perspectiva de sair dela e quando estou quase me afogando as palavras invadem meus olhos, alguém está recitando um poema, declamando versos fortes e isso me recobra a consciência. 

eu levanto da cama, pego um livro qualquer de minha estante e começo a ler loucamente, algumas páginas eu arranco e devoro cada uma, como uma refeição saborosa. meu interior se acende, uma luz emana em meus olhos, o pavor de me perder some e encontro novamente uma razão para caminhar, é como se eu mesma estivesse me dando um sinal para revidar. eu deveria reagir contra isso.  

uma nova marca

 desde que mudei minhas postagens para apenas um blog e separei minhas intenções com marcadores as coisas se tornaram um pouco mais tranquilas na hora de escrever, não tenho tido as travadas dramaticas que eu costumava ter nos outros, os momentos de bloqueio criativo intensos que me impediam de escrever ao menos uma postagem de dois paragrafos (nunca me recordo onde colocar os acentos nas palavras, sinto que essa escrita em especifício vai ter muitos erros acentuais), mas desde que criei esse e editei as coisas para que ficassem da maneira que eu achasse bom, penso que em breve eu vá editar novamente, não há um dia que eu não tenha vontade de mudar as coisas ao meu redor até que eu esteja satisfeita no momento e nem sempre eu fico verdadeiramente orgulhosa do que eu fiz, meus amigos estão acostumados com as minhas mudanças constantes numa busca de me encontrar, mesmo que eu não o faça de verdade (esse é um ponto que eu deveria pensar, na verdade, buscar me conhecer, eu deveria procurar mais sobre mim, honestamente, sinto saudades de quando eu escrevia poesias para absolutamente tudo, parece que eu me perdi ao me relacionar com as pessoas romanticamente, eu acho que doei muito de mim e acabei perdendo de vez...)

escrever aqui parece que é um novo momento, parece que estou desbravando momentos incríveis que nem mesmo eu conhecia, talvez seja o momento ideal para me descobrir depois de todos esses momentos sem pé nem cabeça que estou vivendo, eu precisava dessa nova marca escorrendo por mim. de fato, algo abriu meus olhos e talvez seja os vinte anos batendo na porta comigo e falando para perceber que estou adulta, está no momento de fazer alguma coisa para deixar a minha marca definitiva no mundo para que minha vida tenha sido algo e não apenas um desencanto...  

o aniversário de 54 anos

é a primeira vez que comemoro o aniversário do andre matos, não sabia o que fazer e nem o que postar nessa data tão importante. ele teria feito 54 anos se estivesse vivo, de fato, o que teríamos dele? eu gostaria de descobrir o que ele pensava nos últimos momentos, quais eram os planos dele e o que ele gostaria de vivenciar, será que ele sabia que iria morrer? tantos vídeos dele falando sobre a morte que fico pensativa sobre isso. enfim, o aniversário dele chegou e agora tenho os vídeos para me lembrar de quem ele foi e o que nos deixou, o maestro deixou coisas incríveis para nós apreciarmos e deixar tudo isso de forma eterna... 

há um diretor, alguém que faz pequenas produções, na verdade, ele não chega a ser um diretor de verdade, mas é ele quem detém muito dos conteúdos do andre matos atualmente, sem contar o tanto de vídeos que ele disponibiliza para o pública (e o quanto ele ainda tem para poder compartilhar), o anderson bellinii, que fez o documentário do andre matos para que pudessemos conhecer ainda mais a história do nosso eterno, organizou uma live especial com um prazo estimado de 10 horas contínuas passando os episódios do documentário na versão extendida, um show especial e um clipe inédito! no fim, o clipe não existiu e em vez de apenas um show, tivemos quatro. a live durou quase 15 horas, aproveitei bastante porque era o andre matos na minha frente, era ele quem estava cantando, fazendo o seu show, mas era desconfortável ter de encarar o anderson bellini capitalizando o nome do andre matos. 

é engraçado que mesmo depois da morte dele, mesmo depois de quase sete anos sem o maestro as pessoas insistem em sugar o máximo que conseguem do nome dele, tentam o tempo inteiro fazer dele algum modo de monetizar suas postagens, uma renda mensal para poder se abaster de dinheiro com as memórias queridas de alguém que se foi. eu quero ver o episódio três desse documentário porque é onde vai falar sobre shaman e a carreira solo dele, os meus momentos favóritos em relação ao andre matos. gosto tanto de ver as coisas dele, tudo o que ele compôs com carinho e amor, todas as coisas que ele colocou tamanho amor... as músicas que ele fez com a alma dele são as melhores, não há como dizer outra coisa...

se ele ainda estivesse vivo, se ele ainda estivesse aqui. teria a idade para ser meu pai, teria anos de conhecimento a serem compartilhados que nunca saberemos, eu comemoro o aniversário dele pensando que se eu pudesse falar com ele apenas uma vez, perguntaria tantas coisas sobre ele, seus gostos, o que lia, o que assistia... por que escolheu o metal? de onde vinha o gosto pelos animais? se pudesse fazer algo diferente, o que faria? são perguntas sem respostas que eu não sei onde conseguiria responder isso. o que ele escondia de nós, afinal de conta? 

não gosto do rafael bittencourt

 acho que grandes dos problemas envolvendo a angra é culpa do rafael e a necessidade dele de saciar o ego, sempre que assisto o documentário do andre matos me deparo com essa sensação de que ele está tentando limpar os erros do passado dele distorcendo alguns acontecimentos, mesmo assim fica no ar os problemas que a falta de comunicação que ele teve causaram,, por mais que eu entenda que o andre também errou em muitas coisas, parece que esse guitarrista não soube resolver os que ele mesmo causou, deixando tudo pior. no primeiro momento ao último, esses dois nunca mais trocaram uma palavra sequer, penso muito se teve algum sentimento de culpa envolvido para ele não conseguir pedir perdão (lembro da esposa do bittencourt falando que o andre simplesmente fugiu ao ver ambos no mesmo aeroporto, sem falar das enormes dificuldades financeiras que o andre vinha passando e o angra nunca aceitou um reunion, nunca divulgou o andre, enquanto shaman e viper até os dias de hoje falam do vocalista com uma memória saudosa). 

é muito difícil entender o motivo das brigas entre os dois, nunca explicam e acho que a única pessoa que poderia explicar não está mais entre nós. o rafael se recusa falar sobre essas coisas, ele não quer nem mesmo falar sobre o andre, de fato. o fim da banda angra se deu mesmo na saída do andre, luis e o baterista (o qual eu nunca lembro o nome), quando realocaram membros não parecia mais ser a mesma coisa e até aos dias de hoje não acho que eles conseguiram resgatar as memórias que existiam na era de ouro, o rafael tomou péssimas decisões quanto a banda e é incrível como fica visível o quão ausente ele é até nos dias de hoje com o que ele chamaria de a banda dos sonhos dele. no fim, ele queria que tudo fosse da maneira que ele quer, mas não admite isso e tenta colocar a culpa no andre que, mesmo exigente, é volátil.

dei uma pequena pausa entre esse paragrafo e o anterior, não me recordo do que eu estava a escrever, além da minha intenção em explicar o porquê de eu não gostar do rafael bittencourt, queria poder dizer que me vejo no andre ao ponto de entender que alguma coisa foi intensa demais ali para que ele parasse de falar com o bittencourt, entendendo como o guitarrista conversa com as pessoas eu posso dizer que seria imposssível aqueles dois se resolverem. o bittencourt é manso na fala, mas não entende o quão passivo-agressivo ele pode soar e esse, além de muitos outros, é um enorme problema com as pessoas. sem contar na tragédia que ele falou no documentário, é inegável como essa citação pode ser dolosa e ofensiva em muitos níveis, sem mencionar a inverdade por trás dela. ele dizer que o andre matos só se tornou o andre matos após holy land carrega um peso mentiroso capaz de quebras vidros sensíveis demais.

enquanto o rafael estava tentando se ingressar no mundo da música, o andre estava solidando a carreira do viper mundialmente! é memorável o primeiro show do angra, todos mencionavam que era a banda do andre matos e, principalmente, isso que levou a loucura do público para entender quem era esse novo mistério, sabendo o meteoro que viper havia sido. no fim, acabei citando muito pouco o próprio rafael sendo que ele era o assunto principal, é complicado eu dizer que o acho arrogantemente egoísta, é uma ofensa carregada de sentimentos meus (não que eu não o ache tremendamente narcisista e fragil demais quando se trata de critíca), em comparação com as ações palpaveis. é isso, eu acho ele um grande merda cheio de si. 

a cultura woke assusta os homens?

 tenho enfretando grandes monstros enquanto trabalho na recepção do hotel, encontrar figuras extremas na vida real é realmente... engraçado. nunca pensei que encontraria alguém, um homem adulto para ser mais exata, falando em tom alto sobre a cultura woke. eu, até hoje, não sei o que é essa tão temida cultura woke e nem o motivo dela ser tão assustadora para essas pessoas, todas as vezes que mencionam esse horrível movimento (na cabeça deles) é como ver um reflexo da minha vivência sendo distorcida tão terrívelmente ao ponto de não fazer mais sentido algum. é divertido. 

o recepcionista do hotel é um homem beirando seus quarenta anos, não-branco e ativamente nerd, sem contar o fato dele ser pai de um filho com tea... me arrancou risadas ver ele opinar sobre o tenebroso live action da branca de neve. acho que a culpa dele opinar sobre foi minha, falei mal do filme por outros motivos (existem muitos a serem destrinchados, afinal, é uma enorme merda) e ele, achando ter a liberdade de bostejar pela boca, soltou os esgostos de uma vez por toda. é irônico ele ter pensado que eu concordaria sendo que sou exatamente o estereótipo de uma esquerdista horrorosa! isso me fez pensar até onde os homens se sentem ameaçados com a temida cultura woke (me sinto hilária escrevendo essas coisas), ao ponto de odiarem ver uma mulher fazendo anões, feitos de um cgi porco, limparem a própria casa... realmente, ao final do expediente senti uma dó dilascerante da esposa desse cara.

deve ser uma merda casar com alguém que te considera uma empregada.

enfim, considero que esse medo deles quanto um tipo de grupo social é só uma maneira de esconder os próprios defeitos e desejos. no fundo são todos uns merdalhões tentando se esconder atrás de uma merda inventada para não ter que assumir os erros e defeitos (alguns beirando ao crime, de fato, com tantas opiniões cuzonas). no fim, há esse medo de ser realmente feliz, afinal se observar com cuidado foram todos criados por uma geração de bostas com atitudes destrutivas. 

o fervor que existe em mim

 tem dias que eu sinto uma raiva inconsequente, não entendo de onde vem tanto rancor no meu peito. é como se eu estivesse queimando constantemente, reinando em um tipo de incêndio descontrolado, todas as minhas respostas são atravessadas e nada do que faço está sendo por boa vontade. é tanto ódio dentro de mim que chega a me adoecer de alguma forma. tenho adoecido em decorrência desse humor desregulado e eu até imagino os possíveis motivos, mas é tudo muito nublado... eu gostaria de entender com perfeição meus sentimentos para puxar essas raízes podres de uma vez! tenho ficado até mesmo careca por conta disso, é talvez a sensação de injustiça, de pavor. parece que a qualquer instante irão me reconhecer por alguma maldade desconhecida e me atacar repentinamente, ou talvez seja apenas o cansaço se mostrando cada vez mais presente, as noites mal dormidas e a falta dos medicamentos (desde que me obrigaram a trocar de psicólogo eu encontrei problemas enormes com a minha própria mente, não consigo me conectar com ninguém verdadeiramente porque tiraram de mim a única pessoa com quem eu abri minha alma por completo sem pudor algum dos erros que cometi ao longo dos anos).

sei que eu tenho muito o que expor, muito o que desabar, mas tenho tanto receio... e isso está me matando, estou me encontrando diretamente com o caos mental e do choque corporal que tem me trazido um fogo desordenado. tamanha amargura sem previsão de cessar, eu sei que tenho reagido de forma repulsiva com as pessoas, principalmente com meus pais de uma forma que eu não gostaria e repudiaria nos dias comuns, mas não estou vivendo dias lineares... eu gostaria que essas chamas apagassem de dentro de mim, gostaria que tudo voltasse ao mar calmo de antes, sinto saudades de me encontrar com as estrelas e agora só consigo observar o céu coberto de uma fumaça escura e longas labaredas. a tranquilidade tem de retornar.

ele quer me dizer algo, mas não sei o que

 depois de vê-lo pessoalmente, conversar com ele e trocar mensagens, tenho sonhado constantemente com ele me chamando para contar alguma coisa, o problema é que eu nunca sei o que é. nos sonhos eu nunca escuto, nem parece que ele está falando. estou sempre nos vendo de fora, como se eu fosse os meus amigos observando a conversa, eu queria muito saber o que ele tem para me dizer, parece tão importante. eu sempre tive esses sonhos, que giravam em torno dele me contar algo e eu nunca ouvir, tenho a impressão que é algo que eu ignoro nas vezes que ele fala comigo pessoalmente, mas também penso que pode ser algo que ainda vou descobrir em algum momento... e é isso que me assusta, as reações dessas conversas sempre mudam, nunca é a mesma coisa, o único ponto é que ele me tira do meu grupo de amigos e me conta algo, eu sei que tem algo de importante nessa conversa, eu gostaria tanto de saber o que ele tem para dizer. 

uma banda e uma aparição

 ando sonhando coisas bizarras, ou coisas que acabam se tornando realidade em algum momento. sonhei que uma banda coreana estava fazendo show no mirante pub como se não fosse uma das maiores bandas do país, conhecida internacionalmente. eles agiam como punks agradecidos pela oportunidade de tocar naquele lugar, no começo do sonho eu estava reclamando por áudio que não tinha conseguido ir porque estava viajando, mas então tudo rebobinou e eu estava na frente do palco gritando em conjunto com o vocalista, acordei sem entender o que estava acontecendo, no próximo sonho eu me deparei com uma premonição, me culpo por esse sonho até o presente momento. eu vi meu ex de longe, me observando, enquanto eu pulava e entrava num mosh. no fim, isso aconteceu de verdade.