tenho pensado em estilos de vida

 não sei em que ponto comecei com esses pensamentos, mas talvez tudo tenha dado início quando parei de comer carne e pensei até onde eu poderia ir com o veganismo, até que ponto eu poderia atingir? isso é, considerando que na situação que eu vivo teria, e tem, muitos obstáculos referentes minhas decisões. eu teria de não só encarar tudo isso sozinha, como também ter que lidar com comentários desnecessários a maior parte do tempom ou dever explicações quando na verdade eu só precise explicar essas coisas para mim mesma e mais ninguém.

eu percebi há muitos anos que teria dificuldades constantes quanto decisões políticas e vivencionais (se é que essa palavra existe), minha primeira expressão contra o governo e, pior, de genêro surgiram reações um tanto quanto controversas dentro de casa, isso até o ponto que cansou tanto eles que não mais recebi represalhas. mesmo assim toda vez que menciono não comer carne, recebo uma pancada de comentários retrógrados dos meus avós e funcionários do hotel, nem imagino qual a seria a reação deles ao saber que nem mesmo mulher cis eu sou.

enfim, venho pensando constantemente em desativar muitas das minhas redes sociais, até mesmo o me instagram principal onde tenho visibilidade na cena alternativa e alcance nas novidades que chegam para mim de bandas novas, ou recém descobertas. o problema começa que eu cresci nas redes sociais, eu aprendi desde cedo como era estar online e o que isso abria, nunca consegui ficar um dia sequer sem pesquisar horas sobre algum anime, ou abrir o twitter para despejar todos os meus pensamentos...

tenho quase certeza que esse é o maior fator para que eu tenha uns probleminhas aqui e ali, principalmente na dificuldade de interagir com as pessoas fora da internet (acho que repeti essa palavra algumas boas vezes por aqui) e, também, minha maior vontade em desativar tudo e seguir uma vida saudosista é que eu acabei caindo num buraco de coelho quanto os cuidados com a natureza que me deu um baque, comecei a ler ainda mais sobre e pesquisar como eu poderia me colocar mais na radicalização, mas me deparei com o problema de sair das tecnologias. 

a modernidade é inteiramente construída no tecnológico, praticamente tudo é desenvolvido com códigos e um wi-fi (sem contar nos cabos que estão gradativamente desaparecendo), não sei se eu conseguiria constituir uma vida fugindo disso, talvez eu ficasse ainda mais maluca com o tempo, mas isso tem ocupado a minha mente, me feito pensar todos os dias sobre como seria não precisar pegar o celular para tudo, como seria voltar na época do msn que as pessoas tinham um horário para estar online (hoje estamos online o tempo inteiro, somos contatados o tempo inteiro, até mesmo nos horários de sono podemos ter alguém entupindo a gente de mensagens, que vamos receber de imediato).

o futuro baseado nisso me assusta e eu bem que gostaria de ser um hobbit. estarei desenvolvendo mais sobre esses pensamentos. 

não gosto de ler comentários

 nunca comentei nas coisas, desde que eu era criança e acompanhava canais de minecraft. acho que até por isso eu raramente tive a oportunidade de criar vínculos online, exceto pelo fato de que eu era alguém sem supervisão alguma na internet e por isso descobri cedo o suficiente que as pessoas poderiam ser cruéis com facilidade se estivessem "anônimas" de alguma forma. 

por ter tido esse contato precoce com a internet e suas consequências que eu não gosto de ler os comentários, ignoro a existência dessa opção, mas não desativo ela em minhas postagens, até interajo com quem comenta comigo, principalmente porque minhas redes sociais são fechadas. 

mas não abro os comentários do youtube, tiktok... e nem sempre estarei presente em comentários no facebook, minha mãe costuma passar horas comentando em vídeos e respondendo pessoas, ela é bastante comunicativa e adora rebater quando algo não agrada ela, lembro de deitar ao lado dela e ver os dedos digitando enormes textos, ela amaria ter um blog! nunca perguntei se ela usou o orkut, mas não dúvido que ela tenha participado de comunidades e se aventurado por comentários diáriamente, respondendo um por um.

desde que eu descobri, no facebook, que as pessoas não só viam o que eu postava como conseguiam comentar opinando em cima daquilo que eu desisti por completo de me expor tão grandiosamente, eu odiava ler os pitacos não solicitados e nem imagino como os ifluencers devem se sentir atualmente com o tanto de gente querendo opinar em cima do que eles fazem, antigamente era mais fácil dar um chega pra lá nessas pessoas, mas agora é fora de órbita a quantidade de seguidores que alguém pode ter só por ser bonitinha... 

tenho medo, medo constante, da modernidade e ele começou com os comentários. 

temporada de bruxas chegou!

 outubro é o meu mês favorito, depois de julho (quando eu nasci). gosto de como o cheiro do mundo inteiro se integra para a época e mesmo que o brasil não tenha o costume de se comemorar o halloween ainda sinto a diferença de ambiente. parece que tudo se adequa para o momento, quando as portas espirituais começam a se abrir e sem dúvida o sobrenatural corre entre a gente com mais intensidade nesse mês.

esse ano em específico tenho a impressão que outubro chegou em conjunto com a minha radicalização, sem contar o quanto os dias estão amarelados, ou alaranjados. fazia tempo que eu não via a temporada das bruxas como um recomeço (tenho passado os últimos dois anos enfiada dentro do quarto vivendo a mesma coisa em aspiral, sem perceber), mas dessa vez é como se fosse um baque, talvez eu tenha dado de cara com a parede sem querer e me obrigado a encarar meu próprio reflexo na chuva que despencou semana passada, fazendo com que eu precisassse me encontrar de uma vez por todas. 

enfim! começamos outubro com um blog de cara nova e uma pequena decoração de fantasmas caindo para simbolizar esse feriado (que não é tão feriado assim) da melhor forma possível, vou tentar trazer postagens referente durante o mês inteiro, aproveitar como deveria se aproveitar, de uma forma que nunca fiz antes; um brinde ao recomeço e, obviamente, o espiritual e sobrenatural que reinam nessa temporada.